Casos de dengue em Itabuna dobram e Secretaria Municipal de Saúde aumenta vigilância


Até domingo, Itabuna já havia registrado 1081 casos de dengue nos três primeiros meses do ano, um aumento 229% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde – SMS os dados são os registrados pelo Sinan - Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde. Foram112 registros em janeiro, 466 em fevereiro e 503 até o domingo (22). Com referência à febre chikungunya de outubro até esta sexta-feira foram registrados dez casos suspeitos, dos quais seis já foram descartados através de exame laboratorial pelo Laboratório Evandro Chagas, no Pará. A SMS ainda aguarda a liberação dos demais resultados.


O aumento no registro de casos de dengue levou a SMS a intensificar a vigilância, especialmente nos bairros mais afetados, como Santa Inês e Califórnia, onde houve a maior incidência da doença, com 96 e 92 casos notificados, respectivamente. Outros bairros muito afetados foram Santo Antônio e São Caetano, com cerca de 80 casos, cada. Nesses bairros foram feitos bloqueios, com borrifação de inseticida e os agentes de endemias aumentaram as visitas.Os bloqueios consistem de visita domiciliar do agente de endemias para vistoriar a casa, na busca por focos do mosquito, orientar a família sobre os cuidados com vasilhames e recipientes de água descobertos e, confirmados os focos/larvas, fazer o tratamento focal com aplicação de inseticida com nebulizador costal.


Uma campanha de mobilização está em curso, para mostrar à população que o trabalho de combate à dengue começa em casa, com a extinção de possíveis focos. Levantamento feito pela Coordenação de Combate a Endemias mostrou que a maioria dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da chikungunya fica em ambientes domésticos. São vasos, frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes, bebedouros em geral, material de construção e objetos. Ou seja, os criadouros que poderiam ser exterminados representam 85,4% do total de recipientes com larvas, que os próprios moradores têm condição de extinguir.


Em razão do grande número de casos registrados, números que são diferentes dos que foram divulgados no mês passado, a Secretaria Municipal de Saúde emitiu alerta à população e pede o máximo de empenho de todos para evitar uma epidemia, cujos sinais estão cada vez mais fortes. A SMS informa que a doença vem se apresentando além das formas típicas, caracterizada por febre, fraqueza, dor de cabeça e dor no fundo dos olhos, manifestações como vermelhidão e coceira pelo corpo sem outros sintomas. Em alguns casos, foi observada a ausência de febre.


De acordo com o relatório do Departamento de Vigilância em Saúde, além das campanhas educativas por meio da internet, jornais locais, tevês e rádios, também são realizadas orientações de forma constante nas unidades de saúde. Também foram chamados mais 65 agentes de endemias, aprovados em seleção pública, para reforçar o trabalho de campo.


Também está sendo ampliado o número de profissionais que atendem aos casos suspeitos de dengue e chikungunya na Unidade de Pronto Atendimento que funciona no Centro de Saúde José Maria de Magalhães (antigo SESP). No local os pacientes recebem atendimento médico e de enfermagem, incluindo a coleta de sangue para exames laboratoriais. A UPA da Dengue funciona de segunda à sexta-feira das 7 às 17 horas e aos sábados, domingos e feriados das 7 às 19 horas, inclusive, no horário de almoço.

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