MPE orienta que agentes da polícia apreendam 'espadas'

Mesmo proibida, guerra das espadas foi realizada em Cruz das Almas (BA), na noite desta quinta-feira (Foto: Lúcio Távora/Ag. A Tarde/Folhapress)

O Ministério Público do Estado da Bahia expediu nesta quinta-feira (14) uma recomendação orientando para que agentes da Polícia Civil e Militar apreendam ‘espadas’ e todos os artefatos incendiários no município de Cruz das Almas, Há ainda uma recomendação para que seja cumprida a decisão do Tribunal de Justiça proferida em junho de 2011que reconhece a natureza criminosa da ‘guerra de espadas’, comum durante a festa junina. A recomendação do MP orienta ainda para que as autoridades policiais identifiquem os depósitos de matéria-prima na capital e no interiorA proibição tem como objetivo reduzir o número de vítimas de queimadas com a fabricação e o uso das espadas. Segundo a Santa Casa de Misericórdia de Cruz das Almas, em 2010, quando não havia a proibição, 315 pessoas ficaram feridas durante os festejos juninos na cidade. Em 2011, ano que já contava com a proibição, este número caiu para 79.Mesmo proibida pela Justiça da Bahia, a tradicional "guerra de espadas" foi realizada por alguns moradores de Cruz das Almas (BA), no Saõ João de 2011Manifestação

Em maio de 2012, moradores do município realizaram uma manifestação no centro da cidade, solicitando a autorização para realizarem a 'guerra'. Raimundo Mendes é espadeiro há mais de sessenta anos. Ele admite que a atividade é perigosa, mas só se for praticada sem os cuidados necessários. "Tem que ter cuidado quando fabrica e ter cuidado para soltar. Olhar para onde vai soltar para ver a bichinha rabiar", conta.

A associação dos produtores de espadas defende a regularização da fabricação e queima de fogos e a preservação da atividade como Patrimônio Cultural da Região.

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