Carne, lixo e esgoto em um só lugar, Centro Comercial de Itabuna

Ao ar livre e sem refrigeração Foto: Inalda Santos

O local deveria ser o mais higienizado da cidade, lá vende carne fresca, salgada, farinha, verduras, frutas e flores, mas não é bem assim. O Centro Comercial de Itabuna é o retrato do abandono de várias administrações públicas aos longos de décadas. Contudo, em tempos atuais, é perceptível a desvalorização do comércio local pela falta de estrutura. Facilmente o consumidor se depara com cenas horríveis: “Urubus disputando alimento com humanos”.

De acordo com o representante dos cerca de 400 feirantes, 85 deles da carne, o Cordeiro, se não bastasse à falta de atenção pública, agora eles estão por alguns dias para serem retirados de onde tiram o sustento da família. “O Ministério Público nos deu 90 dias para sair daqui, faltam 15 dias, não sabemos para onde vamos”, lamenta.Nesse galpão os feirantes terão que trabalhar

A reportagem do Plantão Itabuna, esteve no Centro Comercial e verificou de perto a situação degradante do centro de abastecimento para Itabuna e região. Esgoto a céu aberto, lixo para todos os lados, odor forte e bichos circulando na localidade. Para resolver esse problema, a prefeitura ofereceu um galpão, entretanto, não existe nenhuma estrutura para abrigar os feirantes. “Para a gente ir trabalhar lá, é preciso de balcões refrigerados, isso custa caro e nem todos tem condições”, revela Cordeiro.O feirante Neron falou em “desespero” se confirmar a retirada deles

Barraqueiro e Clientes

Para o Neron, de 39 anos, 30 deles, convividos na feira, o local indicado para eles é impossível de trabalhar pela falta de equipamentos. “Queremos apenas um lugar decente para trabalhar, só isso”, diz.

Já o consumidor João Lemos, de 60 anos, é fato e notório que não existe a menor possibilidade de continuar comercializando carnes e outros tipos de perecíveis no Centro Comercial, mas não é a melhor saída despejar os feirantes. “É preciso outra saída, compro aqui há 30 anos, ou mais, esses pobres sobreviventes vão fazer o que para sustentar a família?” questiona
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