Senado vai votar lei que determina que guarda seja sempre compartilhada

“Foi na Copa de 94. Foi meu primeiro namorado, primeiro tudo. Teve muitas coisas boas durante o casamento, mas umas coisas que foram muito pesadas. E o Breno foi quem sentiu mais, com certeza. Porque o Breno ficava assim: 'eu não quero escolher meu pai, eu não quero escolher minha mãe, eu não quero escolher nenhum dos dois, vou falar para o juiz que eu quero os dois', ele falava isso o tempo todo”, lembra a professora Rosângela Ferreira, mãe do Breno.


“A gente curtia jogos da Copa do Mundo juntos, na mesma rua, amigos em comum. Depois, trâmites normais: noivado casamento, tudo certinho. Ela chegou a conclusão que não gostava mais. Não foi fácil no começo. Ou ficava comigo, ou ficava com ela”, lembra o funcionário público Cláuber Ferreira, pai do Breno. O desejo do Breno pode virar regra. O Senado vai votar um projeto de lei que determina: se um casal se separa, a guarda do filho não é de um nem do outro - ela é sempre compartilhada. Ou seja: o casal divide a responsabilidade por todas as decisões tomadas em relação às crianças. Hoje, essa é a realidade de menos de 5% dos casais separados no Brasil. Os juízes tendem a dar guarda compartilhada em casos de separação amigável. Mas às vezes o processo toma outro rumo.“Hoje eu sou a maior inimiga dele.

0 comentários:

Postar um comentário