Exército italiano planta maconha para reduzir custo da erva para fins medicinais


O Exército italiano revelou sua primeira plantação de maconha, criada para tentar reduzir o custo da erva usada para fins medicinais no país. A iniciativa das Forças Armadas fora anunciada pelo governo em setembro do ano passado.


Segundo o site do jornal "Corriere della Sera", a erva está sendo cultivada em uma sala de segurança dentro de uma fábrica farmacêutica controlada pelos militares em Florença, no norte do país. "O objetivo dessa operação é disponibilizar o produto para um grande número de pessoas, que sem sempre o encontram nas farmácias e com um preço mais acessível para o usuário", afirmou ao site o coronel Antonio Medica. Dores crônicas A maconha medicinal é usada no tratamento de vários problemas de saúde, especialmente para dores crônicas. Enquanto médicos italianos podem prescrever a droga legalmente, o custo não é coberto pelo Estado. No entanto, muitos esbarram no preço proibitivo cobrado pelas farmácias, algo que alguns ministros do atual governo Matteo Renzi querem mudar. Atualmente, a maconha medicinal é importada sobretudo da Holanda e custa cerca de 35 euros (R$ 117) por grama. "Queremos reduzir o preço para 15 euros (R$ 50), talvez até 5 euros (R$ 17) por grama", diz Medica. O cultivo privado de maconha permanece ilegal na Itália, e vender a droga também é contra a lei.


O laboratório das Forças Armadas foi escolhido para o projeto porque já tinha as instalações necessárias e poderia garantir a segurança graças a seu sistema de vigilância, disse a ministra da Defesa italiana, Roberta Pinotti, em setembro. Embora tenha como função principal a fabricação de medicamentos para os militares, a instalação também presta auxílio durante desastres civis - incluindo a produção de 500 mil comprimidos de iodeto de potássio após o desastre nuclear de Chernobyl, em 1986.

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